Naquela casa silenciosa dentro de nós, cada dia chegavam visitantes inesperados: Alegria, medo, tristeza.
No início, tentávamos expulsá-los, mas logo aprendemos a recebê-los, descobrindo que cada emoção trazia uma lição e transformava nossa vida em aprendizado constante.
A Casa de Hóspedes
Casa de Hóspedes
Rumi
O ser humano é uma casa de hóspedes.
Toda manhã uma nova chegada.
A alegria, a depressão, a falta de sentido, como visitantes inesperados.
Receba e entretenha a todos
Mesmo que seja uma multidão de dores
Que violentamente varrem sua casa e tira seus móveis.
Ainda assim trate seus hóspedes honradamente.
Eles podem estar te limpando
para um novo prazer.
O pensamento escuro, a vergonha, a malícia,
encontre-os à porta rindo.
Agradeça a quem vem,
porque cada um foi enviado
como um guardião do além.
A História de A Casa de Hóspedes
“A Casa de Hóspedes” (The Guest House), escrito por Jalal ad-Din Rumi (1207–1273), um dos maiores poetas místicos do sufismo.
Esse poema é uma metáfora sobre a experiência humana. Nele, Rumi compara o ser humano a uma casa de hóspedes, onde cada emoção, sensação ou pensamento que chega deve ser acolhido como um visitante inesperado.
A ideia central é que nenhuma emoção vem por acaso: Alegria, tristeza, raiva, medo ou gratidão todas trazem lições, mesmo quando parecem dolorosas.
Em vez de rejeitar ou lutar contra os sentimentos, Rumi nos convida a abrir a porta, receber cada um com hospitalidade e aprender com sua presença.

Linha por Linha (em resumo narrativo)
1- O ser humano como casa de hóspedes
Rumi nos lembra que, todos os dias, novas emoções e experiências batem à porta do coração.
2- A chegada dos sentimentos
Alguns visitantes trazem alegria e riso, outros tristeza, vazio ou até violência emocional.
3- Receber todos sem distinção
O poeta nos pede para não expulsar nenhum deles, nem mesmo os mais duros. Cada um traz uma mensagem oculta.
4- A sabedoria por trás da dor
Até o sofrimento deve ser tratado como um convidado de honra, porque ele pode estar “limpando” a casa para algo novo chegar.
5- A vida como fluxo de visitantes
Rumi conclui que devemos ser gratos a todos os sentimentos: cada um nos transforma, nos ensina e nos guia em direção à evolução espiritual.
👉 Em resumo: O poema é uma metáfora da vida como hospedaria das emoções. Onde cada visitante, por mais inesperado que seja, deve ser recebido com hospitalidade, pois todos contribuem para o nosso despertar espiritual.
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