Alice no País das Maravilhas é uma obra literária clássica escrita por Lewis Carroll publicada pela primeira vez em 1865.
A história de Alice é repleta de personagens peculiares, cenários surreais e eventos absurdos que desafiam a lógica.
Embora seja uma narrativa de fantasia, Alice no País das Maravilhas, oferece uma série de lições valiosas que podem ser aplicadas à vida cotidiana.
Vamos explorar sete lições importantes que podem ser extraídas dessa história encantadora.
1. A Importância da Curiosidade e da Exploração
Alice é movida por sua insaciável curiosidade, o que a leva a seguir o Coelho Branco e entrar no mundo das maravilhas.
Essa lição nos lembra da importância de sermos curiosos e abertos a novas experiências.
A curiosidade nos impulsiona a explorar o desconhecido, ampliando nossos horizontes e enriquecendo nossas vidas.
É importante manter um espírito de descoberta, mesmo quando a vida apresenta desafios e situações inusitadas.
2. A Adaptação às Mudanças
Alice, constantemente, se depara com situações que desafiam sua compreensão do mundo.
Ela cresce e encolhe, interage com personagens excêntricos e experimenta realidades em constante mudança.
Essa lição nos ensina a importância de sermos flexíveis e adaptáveis diante das mudanças e desafios que a vida nos apresenta.
A capacidade de se adaptar nos ajuda a enfrentar situações inesperadas com mais confiança e resiliência.
3. A Necessidade de Autoconhecimento
Ao longo de sua jornada, Alice, questiona sua identidade, existência e sua compreensão do mundo. Isso nos lembra da importância do autoconhecimento.
Conhecer a si mesmo e entender nossos próprios pensamentos, sentimentos e valores é fundamental para tomar decisões conscientes e viver uma vida autêntica.
O autoexame nos ajuda a navegar pelo labirinto de nossa própria existência.
4. A Compreensão da Lógica e do Absurdo
No País das Maravilhas, a lógica convencional é, frequentemente, subvertida. Alice se depara com situações absurdas e personagens que desafiam as regras da razão.
Essa lição nos convida a refletir sobre a relação entre a lógica e o absurdo em nossas próprias vidas.
Às vezes, é importante reconhecer que a vida pode ser ilógica e inesperada e é necessário abraçar a ambiguidade e o mistério que ela apresenta.
5. A Importância da Comunicação Eficaz
Ao interagir com os habitantes do País das Maravilhas, Alice, muitas vezes enfrenta problemas de comunicação.
Os personagens frequentemente usam palavras sem sentido e fazem declarações contraditórias. Isso destaca a importância da comunicação eficaz em nossas vidas.
Para evitar mal-entendidos e conflitos devemos nos esforçar para expressar nossos pensamentos e sentimentos de maneira clara e compreensível.
6. Alice no País das Maravilhas e a Busca do Sentido da Vida
Alice está, constantemente, em busca de um sentido em suas experiências no País das Maravilhas.
Essa busca pelo significado é uma reflexão do desejo humano universal de encontrar propósito e significado em nossas vidas.
A história nos lembra que essa busca pode ser desafiadora e muitas vezes leva a caminhos inesperados.
No entanto, é importante persistir na busca pelo significado e valorizar as experiências que nos ajudam a entender melhor quem somos e qual é o nosso propósito na vida.
7. Alice no País das Maravilhas e a Importância de Ser Autêntico
Durante sua jornada, Alice, muitas vezes se depara com personagens que a pressionam a se conformar com padrões e comportamentos que não são autênticos para ela.
No entanto, ela continua a ser fiel a si mesma e a seguir sua própria intuição.
Essa lição nos recorda a importância de ser autêntico e fiel aos nossos valores e crenças, mesmo quando enfrentamos pressões sociais ou expectativas externas.
Bom. agora vou falar um pouco dos personagens e os significados que tem por trás deles, bora?
Alice no País das Maravilhas e a Lagarta
Em um momento da história, Alice pergunta para lagarta: "Como eu posso crescer?" ,
A Lagarta responde: "Alice, coma o cogumelo! porém, um lado do cogumelo serve para crescer e outro lado serve para diminuir!" e alice olha para o cogumelo e não vê nenhum marcação.
Então, pergunta, novamente: "Como sei que um lado cresce e de outro diminui?"
E assim a lagarta se mandou. Alice estende os braços, tira um pedaço de cogumelo de um lado e do outro pra perceber que um lado crescia e outro diminuía. Mas, o que isto tem a ver com nós? Quem é o cogumelo?
O cogumelo representa o mundo sem definições e marcações.
O cogumelo não tem marcação de lados, portanto, diante de um mundo sem definições, Alice, dá uma definição para o mundo e vive de acordo com a definição que ela deu.
Esta passagem do cogumelo mostra que ele não tem demarcações ou sinais que apontam uma direção.
Uma flecha que diz que aumenta e diminui o cogumelo é neutro, portanto, cabe a Alice construir as convicções e viver de acordo com elas.
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O Mundo Não está Pronto em Definição
O mundo não está pronto, objetivamente, não há nada no mundo em si que o defina!
Mas somos nós que definimos o mundo já que não há critérios que digam o que é certo ou errado no mundo, pois quem constrói os critérios é cada um dos seres humanos.
Portanto, o cogumelo é o mundo e ele mostra que não existe uma caixinha mágica dizendo por onde ir, não há critérios objetivos pra julgar a realidade ou critérios morais objetivos pra dizer se isto é bom.
Não há nada natural! na natureza não tem nenhum recado mágico, nenhum mosquito poderoso pra dizer no nosso ouvido o que fazemos e por onde devemos ir. Enfim, como não tem essa direção, Alice definiu o que ia viver.
Moral da história: É você que dá uma definição para o mundo, você interpreta os teus sofrimentos da maneira que quiser.
Alice no País das Maravilhas e o Gato
Outra passagem da história que me chamou a atenção é o diálogo entre o Gato e Alice, aliás, o gato se expõe de ser o ser consciente daquele mundo, então, é o único ser que sabe quem ele é.
Tem uma cena em que o Gato está parado numa árvore, e então, Alice, pergunta: "Para onde devo ir?"
O Gato responde:
"Eu não sei! Depende: Pra onde você quer ir? Se você não sabe qual lugar onde você vai pra qualquer lugar você pode ir.
Por este lado você encontra a lebre de março e por outro lado você encontra o chapeleiro, os dois são loucos!"
Alice responde:
"Mas eu não quero achar gente louca!"
O Gato responde:
"Você não pode evitar! Todos aqui somos loucos!"
Quer dizer: O caos está em nossa volta e a missão de cada pessoa é se conscientizar, equilibrar, reconstruir e se misturar aos "loucos" pra ajudá-los a sair da loucura.
É impossível fugir do mundo! Estamos aqui para nos reconstruir, objetivo alcançado, partimos pra ajudar os outros.
Alice no País das Maravilhas e o Jogo de Croquetes
Numa outra passagem Alice encontra a rainha de copas e num certo momento convida-a para jogar croquetes. Elas começam a jogar, mas Alice, percebe que quando ela vai bater na bolinha o taco era um flaminco.
Então, quando bate o taco, desobedece! e sai da direção da bolinha.
Já a bolinha era um bicho (furão), mas quando vai entrar no buraco, ele muda de direção e isto acontece com as argolas, também.
E então, Alice percebe que todos estes bichos não tem comportamento igual com todos. No fundo o jogo todo era organizado para a rainha de copas vencer e assim o jogo acaba sendo injusto.
A rainha tem privilégios no jogo que lhe dará a vitória, mas por que ela tem estes privilégios? Por que ela é a dona do jogo! a poderosa! a dominante do jogo! ela tem o poder de cortar as cabeças!
Como ela tem poder, então define o jogo, mas só alice percebe que o jogo era injusto.
Jogo de Croquetes
O jogo de croquetes é apenas uma representação do que acontece em nossa volta. É a nossa vida no dia a dia, o mundo que vivemos é um grande jogo.
Ele tem regras a ser cumpridas, tem instituições nos manipulando e a nossa sociedade não é justa com todos os jogadores.
E nós temos a ilusão que temos os mesmos direitos, não! Temos apenas os mesmos deveres, por que no fundo as famílias dominantes da nossa sociedade e as instituições controlam tudo, inclusive, o conhecimento passado pra você.
Conclusão
Alice no País das Maravilhas é uma história atemporal que continua a cativar leitores de todas as idades.
A riqueza e a diversidade de lições que essa narrativa oferece refletem a complexidade e a beleza da vida.
A medida que navegamos por nossas próprias jornadas podemos nos inspirar nas experiências de Alice.
Para abraçar a curiosidade, adaptar-nos às mudanças, buscar o autoconhecimento, compreender o equilíbrio entre lógica e absurdo.
Também, praticar a comunicação eficaz, buscar significado e acima de tudo ser autênticos em nossas vidas.
Assim como Alice descobriu, a vida é uma jornada de autodescoberta e crescimento cheia de maravilhas e desafios.