Arthur Schopenhauer: Vença um Debate Sem Precisar Ter Razão
As dicas a seguir foram extraídas do livro: Como Vencer um Debate sem Precisar ter Razão.
De Autoria do filósofo Arthur Schopenhauer (livro que ele não terminou).
Ao leitor, algumas dicas podem soar como imorais, mas conhecê-las pode ser útil para não se permitir ludibriar por aqueles que lançam mão delas.
Vamos as 7 dicas do filósofo:
Arthur Schopenhauer: Generalize seu Oponente
Consiste em levar a afirmação do oponente além de sua fronteira natural, tomá-la e interpretá-la da maneira mais ampla e generalista possível.
Além disto, exagerá-la ou pelo contrário tomá-la no sentido mais restrito possível, desta forma fechando nos menores limites possíveis, pois, quanto mais geral se torna uma afirmação mais ataques ela pode receber.
Faça o oponente Concordar de Forma Indireta:
Quando a disputa se desenrola de maneira um tanto rigorosa e formal se deseja chegar a um acordo, portanto, quem fez as afirmações e quer prová-las deve agir contra o oponente.
A partir de suas conclusões coloque questões para demonstrar a verdade, pois, esse método erotemático (também chamado de socrático) foi, especialmente, utilizado pelos antigos.
Arthur Schopenhauer: Disfarce Seu Objetivo Final
Podem levar a uma confusão muito grande quando as perguntas não são feitas na ordem que levaria a uma conclusão.
O oponente não sabe aonde você quer chegar e se precaver, também, é possível usar suas respostas para tirar diferentes conclusões e até contrapô-las de acordo com suas características.
Use a Psicologia da Negação
Deve-se perguntar o oposto da oposição utilizada quando percebe que o oponente nega de maneira proposital e infantil as afirmações, cuja, aprovação seria usada para a nossa frase.
Como se estivéssemos ansiosos por sua aprovação ou deve-se pelo menos apresentar as duas para escolha pra que ele não perceba qual frase queremos que seja aprovada.
Uma amostra de debate neste vídeo entre Montoro e Jânio Quadros.
Arthur Schopenhauer: Tome um Conceito Geral para o Caso Particular
Faz-se uma indução e o oponente cede em casos individuais pelos quais ela deve ser apoiada.
Não se deve perguntar a ele se, também, admite a verdade em geral que surge desses casos e sim introduzi-la depois como estabelecida e reconhecida.
Nesse meio-tempo, ele próprio vai passar a acreditar que a admitiu e isso vai acontecer, também, com os ouvintes.
Pois vão se lembrar das diversas perguntas sobre cada caso específico e vão supor que elas devem ter alcançado seu objetivo.
Desfoque, depois Encontre uma Brecha
Se o oponente nos desafiar de maneira expressa e fizer uma objeção contra algum ponto específico de nossa afirmação e contra o que não temos nada a dizer, então, precisamos utilizar a generalização e devolver o ataque da seguinte forma:
Devemos falar sobre a ilusão do conhecimento humano e citar vários exemplos quandos somos chamados a dizer por que determinada hipótese da física não pode ser aceita.
Invalide a Teoria Prática
O que pode estar certo na teoria a prática pode estar errado, pois, por meio deste sofisma aceitam-se as premissas mas nega-se a conclusão.
Em contradição com a regra (a ratione ad rationatum valet consequentia) do motivo à consequência vigora a consequência.
Essa afirmação baseia-se em uma impossibilidade:
O que em teoria está certo deve valer na prática, entretanto, se não valer existe um erro na teoria.
Pois, alguma coisa não foi percebida e não foi levada em consideração, portanto, está, também, errado na teoria.
Fonte: Livro: Como vencer um debate sem precisar ter razão.