Resolver traumas da infância é um processo complexo que requer autocompreensão, paciência e o apoio de profissionais de saúde mental.
Traumas infantis podem deixar cicatrizes emocionais profundas que afetam o bem estar ao longo da vida.
Traumas: Aqui estão algumas etapas que podem ajudar nesse processo:
1- Reconhecimento:
O primeiro passo é reconhecer e validar seus sentimentos e experiências passadas. Aceitar que você foi afetado por traumas na infância é fundamental para iniciar o processo de cura.
2- Autoconhecimento:
Tente compreender como esses traumas afetaram sua vida e seus relacionamentos, em suma, identificar padrões de comportamento ou pensamentos negativos enraizados em experiências passadas é importante.
3- Busque apoio profissional:
Terapia com um psicólogo ou psicoterapeuta é uma ferramenta valiosa para tratar traumas da infância.
Eles podem ajudar a explorar os traumas, desenvolver estratégias de enfrentamento e encontrar maneiras de superá-los.

4- Pratique o autocuidado:
Cuidar de si mesmo é essencial, pois, isso inclui manter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos e reservar tempo para atividades que o façam sentir-se bem.
5- Estabeleça conexões saudáveis:
Construir relacionamentos saudáveis é uma parte fundamental da cura, em suma, compartilhar suas experiências com amigos ou familiares de confiança pode ajudar a reduzir o isolamento e promover a cura.
6- Perdoe a si mesmo:
Não culpe a si mesmo pelos traumas da infância, pois, é importante entender que as crianças não têm controle sobre essas situações.
Enfim, o perdão a si mesmo é um passo significativo na jornada de cura.
7- Explore técnicas de relaxamento:
Aprender a lidar com o estresse e a ansiedade é crucial, em suma, meditação, yoga e técnicas de respiração podem ser úteis para aliviar sintomas relacionados ao trauma.
8- Defina metas realistas:
Estabeleça metas alcançáveis em seu processo de cura, em suma, celebrar pequenas vitórias ao longo do caminho pode ser motivador.
Lembre-se de que a recuperação de traumas da infância é um processo contínuo e pode levar tempo.
Não hesite em buscar ajuda profissional se sentir dificuldade em lidar com seus traumas, pois, cada pessoa é única e o processo de cura é pessoal e individualizado.
Trauma: O que Acontece com o seu Cérebro?
Quando uma pessoa experimenta um trauma, o cérebro passa por uma série de mudanças neurobiológicas complexas que têm um impacto significativo em seu funcionamento e bem-estar emocional.
Um trauma pode ser definido como uma experiência avassaladora, muitas vezes ameaçadora à vida ou à integridade emocional de uma pessoa, e o cérebro responde a essas experiências de maneira única.
Primeiramente, o trauma desencadeia uma resposta de “luta ou fuga” no cérebro.
Envolvendo a liberação de hormônios do estresse, como o cortisol e a adrenalina.
Isso aumenta a frequência cardíaca, a pressão arterial e a atenção, preparando o corpo para responder à ameaça iminente.
No entanto, quando o trauma é muito intenso ou repetido pode ocorrer uma disfunção na resposta ao estresse.
Trauma: Hipocampo
Uma parte do cérebro responsável pela memória e pela regulação das respostas ao estresse, o hipocampo, pode ser afetado levando a dificuldades em processar e lembrar a experiência traumática.
O trauma, também, afeta o sistema límbico que desempenha um papel fundamental na regulação das emoções.
Isso pode resultar em respostas emocionais exageradas a gatilhos relacionados ao trauma como ansiedade, raiva ou medo.
Além disso, o córtex pré-frontal envolvido na tomada de decisões e no controle de impulsos pode ser prejudicado pelo trauma.
Isso pode levar a dificuldades no planejamento, na regulação do comportamento e na capacidade de avaliar riscos de maneira adequada.
As mudanças no cérebro causadas pelo trauma, também, podem resultar em transtornos de estresse pós-traumático (TEPT).
Nos quais a pessoa revive o trauma por meio de flashbacks, pesadelos ou pensamentos intrusivos.
É importante reconhecer que o cérebro é plástico, em suma, significa que pode se adaptar e mudar ao longo do tempo.
Muitas vezes a recuperação de traumas envolve a reabilitação dessas áreas do cérebro e o estabelecimento de estratégias de enfrentamento saudáveis por meio de terapia, apoio social e autocuidado.
Em resumo, o cérebro responde ao trauma com uma série de mudanças neurobiológicas que afetam a resposta ao estresse, a regulação emocional e a memória.
Com o suporte adequado é possível promover a cura e a recuperação após experiências traumáticas.

Trauma: Como Ele Age e Funciona Dentro de Você?
Todo evento causa a gravação de um engrama no cérebro, pois, neste engrama estão todas as percepções daquele momento: sons, imagens, sabores, tato, olfato e sugestões.
Tudo fica gravado num único registro que se assemelha a um banco de dados e qualquer uma destas informações pode ativar a memória do trauma.
Quanto maior o trauma, maior a consciência criará compartimentos para armazenar esses engramas e conscientemente “esquecê-los”.
Podem ser criados vários destes “departamentos” da mente com traumas específicos acionados por um “gatilho”, que pode ser uma palavra, som, toque, movimento e etc.
Existem centenas de milhões de pessoas com esse problema.
Em casos de personalidade múltipla são típicos de traumas, contínuos ou não. Esses traumas criam “departamentos” na consciência total da ação.
Temos desta forma robôs humanos dormentes capazes de serem ativados a qualquer momento para executarem uma determinada programação que pode ficar por décadas e até dominar a vida inteira de um ser humano.
E isto você percebe na auto sabotagem, em suma, sempre que chega num determinado ponto um comportamento é ativado e destrói tudo que estava sendo construído.
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Traumas: 8 Exemplos de Como Afetam a Infância
Existem diversos tipos de traumas que podem afetar a infância. Alguns exemplos comuns incluem:
Abuso físico:
Quando uma criança é agredida fisicamente, podendo resultar em lesões, cicatrizes e danos emocionais duradouros.
Abuso sexual:
Qualquer forma de exploração sexual de uma criança, incluindo toques inapropriados, exposição indecente, pornografia infantil ou qualquer outro tipo de atividade sexual.
Negligência:
Quando uma criança é privada de cuidados básicos, como alimentação adequada, abrigo, higiene pessoal ou supervisão adequada.
Abuso emocional:
Quando uma criança é exposta a constantes críticas, humilhações, rejeições ou ameaças, afetando sua saúde mental e emocional.
Divórcio dos pais:
A separação dos pais pode ser um evento traumático para a criança, podendo afetar seu bem-estar emocional e social.
Violência doméstica:
Testemunhar ou vivenciar agressões físicas ou verbais entre adultos no ambiente doméstico pode ser extremamente traumático para uma criança.
Perda de um ente querido:
A morte de um membro da família ou de um amigo próximo pode causar um grande impacto emocional nas crianças.
Bullying:
Ser vítima de bullying na escola ou em outros ambientes pode ter consequências sérias na autoestima, no desenvolvimento social e emocional da criança.
Desastres naturais:
Viver ou passar por eventos traumáticos, como terremotos, furacões, inundações ou incêndios, pode afetar profundamente a infância.
Experiências migratórias:
A mudança repentina de país, cultura e ambiente pode ser uma experiência traumática para as crianças, afetando sua adaptação e bem-estar emocional.
Esses são apenas alguns exemplos, e cada criança pode reagir de maneira única a esses eventos traumáticos.
É importante buscar apoio e intervenção adequada para ajudar a criança a superar e lidar com essas experiências.
Conclusão
Os traumas na infância têm um impacto significativo na vida das pessoas, podendo afetar sua saúde mental, emocional e até mesmo física ao longo de toda a vida.
A infância é uma fase crucial do desenvolvimento humano, e experiências negativas nesse período podem deixar marcas profundas.
As crianças que sofrem algum tipo de abuso físico, emocional ou sexual, negligência ou violência testemunhada são mais propensas a desenvolver transtornos de saúde mental.
Por exemplo: Como depressão, ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático e problemas de relacionamento.
Além disso, esses traumas podem comprometer o desenvolvimento cognitivo e emocional, afetando a capacidade de aprendizado e o controle das emoções.
É importante ressaltar que o impacto dos traumas na infância não se limita apenas ao período da criança, mas pode se estender até a idade adulta.
Muitas vezes, os efeitos não são imediatamente reconhecidos, e a pessoa pode passar anos lidando com as consequências do trauma.
No entanto, é possível superar o trauma e construir uma vida saudável e satisfatória.
A terapia é fundamental para ajudar a pessoa a processar e lidar com as emoções associadas ao trauma, trabalhar na reconstrução da autoestima e desenvolver habilidades de enfrentamento saudáveis.
É necessário que a sociedade em geral esteja atenta e consciente dos impactos dos traumas na infância.
Investir em programas de prevenção, intervenção e tratamento é essencial para dar às crianças a chance de crescerem saudáveis e sem sequelas emocionais.
É responsabilidade de todos proteger e cuidar das crianças, garantindo seu bem-estar e a construção de um futuro melhor.