Neste texto você vai encontrar uma reflexão da professora Lucia Helena Galvão sobre o sol. Além de uma metáfora. Espero que gostem e boa leitura.
Sol: Quais as Lições Que Podemos Aprender Com Ele?
A ideia do sol e o que ele pode nos ensinar vem muito bem expresso no Mito da Caverna de Platão.
Onde o ser humano tem que ver as coisas iluminadas pela luz do sol quando sai da caverna. E assim só com esta ótica que ele pode se tornar um sábio.
Então, pare pra pensar: Como você vê o mundo? Imagine como o homem que não é sábio vê:
Ele vê com os olhos do ego e das suas sombras. Então, ele mal sabe que é uma pilha bem fraca e que acha que dura bastante, mas não dura nem um final de semana.
A gente só projeta nos seres humanos nossos interesses, então, iluminamos bem pouco a vida do outro. Essa é a luz dos nossos interesses.
As luzes dos nossos interesses só ilumina as coisas que podem nos interessar. Como diz uma passagem do escritor russo, Tolstói, que diz:
"A quem passe por uma floresta e só veja lenha pra sua fogueira!"
Ou seja: Eu só ilumino as coisas de acordo com meus interesses. O que não me interessa eu não vejo. Eu só ilumino o que me vai beneficiar.
Por exemplo: Você acha que alguém olha pra um Gari?
Claro que não! O que o ser humano vai ganhar olhando para um gari? Nada. Isto se chama invisibilidade pública.
Ninguém olha pra um gari! Ele é invisível! E o que te interessa num gari? Nada! Então você não olha!
Mas o sábio só vê as coisas pela luz do sol. A luz do sol para, Platão, é a ideia do bem. Que é maior que todas as ideias. Ver as coisas pela ideia do bem, olhar pra algo e não pensar:
"Pra que isto me interessa? Pra que me serve?" E sim, pensar: "Como posso pensar em servir a isto?"
Essa é a linha de divisória do amor humano. A pessoa não quer tirar nada para ela e sim interferir para empurrar aquela pessoa ao seu destino, seu alvo, seu ideal.
Lembre-se:
A natureza só mostra seus mistérios para alguém que não quer nada dela. Só quer seu bem! O homem renuncia manipular as coisas pelos seus interesses.
Ele age nas coisas para conduzi-las ao seu bem e assim as coisas se abrem diante dele e mostra seu coração e aquele que conhece o coração de todas as coisas é um sábio.
Enfim, o centro do universo não é seu egoísmo, é a lei. Eu sirvo as leis do universo e não a dos meus interesses. Isto é ver pela luz do sol.
Prof e Filósofa Lúcia Helena Galvão
Sol: Metáfora
O sol é o maestro invisível da sinfonia celestial, regendo com maestria os astros que dançam em sua órbita.
Ele é o farol que guia nossas vidas, lançando seus raios dourados como notas musicais que aquecem a terra e iluminam os nossos caminhos.
Sua presença é como um abraço caloroso em um dia frio de inverno, um abraço que nos envolve e nos faz sentir vivos.
O sol é a lâmpada da vida, a fonte de energia que alimenta a natureza, fazendo com que as flores desabrochem e os frutos amadureçam.
Ele é a chama que acende o fogo da inspiração, aquecendo nossos corações e iluminando nossos pensamentos.
Como um pintor divino, o sol pinta o céu com suas cores radiantes ao amanhecer e ao entardecer criando um espetáculo de tirar o fôlego que nos lembra da beleza efêmera da vida.
Ele é o guardião do dia, expulsando as trevas da noite e trazendo a esperança de um novo começo a cada manhã.
O sol é o relógio do universo, marcando o tempo com sua jornada diária pelo céu.
Ele nos lembra que, assim como ele nasce e se põe, nossas vidas também têm um ciclo, e é nossa responsabilidade aproveitar ao máximo cada dia de luz que nos é dado.
Em resumo, o sol é a metáfora da vida, da energia, da inspiração e da passagem do tempo.
É o símbolo de esperança e renovação que brilha nos céus, lembrando-nos de que, mesmo nas noites mais escuras, um novo amanhecer está sempre a caminho.